Vinho: Bebida alcoólica ou alimento?
![]() Ao analisar a regulamentação da publicidade dos vinhos na Comunidade Econômica Européia, por exemplo, verificamos que a principal preocupação está em não encorajar o consumo excessivo, não incitar a bebida aos condutores e principalmente a menores de idade, não apresentar o álcool como solução aos problemas sociais, não sugerir que o consumo de álcool leva ao sucesso ou à aceitação social, não deixar crer que o consumo de álcool aumenta a lucidez ou a força física e, para finalizar, que a abstinência não é um sinal de inferioridade. Neste contexto, é importante levar às pessoas os benefícios que o vinho pode oferecer quando bebido com moderação, durante as refeições, regularmente e por pessoas que não apresentam contra-indicações ao consumo de bebidas alcoólicas. Estes benefícios são atingidos pela presença dos polifenóis, principalmente nos vinhos tintos, que têm um potente efeito antioxidante e de ação antibiótica. Além disso, a intenção da lei que propõe transformar o vinho em alimento funcional não foi incentivar o consumo excessivo da bebida, mas sim o de aliviar a pesada carga tributária que incide sobre o produto e que enfraquece seu consumo interno em relação aos concorrentes importados. Uma reflexão se faz necessária, principalmente quando temos conhecimento das implicações negativas que o consumo inconseqüente de bebidas alcoólicas pode trazer. Porém, vale ressaltar que a regulamentação do vinho como alimento funcional pode viabilizar a uma camada maior da sociedade brasileira uma bebida que é cientificamente comprovada mais saudável e com múltiplos benefícios secundários. |
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