Vinho com a metade do preço pode ser crime

A importação ilegal de vinhos no Brasil sempre existiu, principalmente de origem chilena, uruguaia e argentina, que entram pela fronteira do Brasil, mas com o aumento de consumo durante a pandemia, o descaminho e contrabando de vinhos cresceu vertiginosamente. De acordo com o jornal “A Folha de São Paulo”, em 2019 foram apreendidas quase 88 mil garrafas de vinho. Em 2021 a Receita Federal apreendeu mais de 585 mil garrafas (um aumento de mais de 650%).

As quadrilhas que atuam no no comércio ilegal de vinhos são as mesmas que atuam no contrabando de cigarros ou drogas. O motivo da mudança é que o vinho se tornou mais atrativo. Os vinhos geralmente são oferecidos em plataformas de e-commerce, em market places e em grupos de Whatsapp ou Telegram.

O que os consumidores não sabem é que além de assassinatos já gerados em ambos os lados da fronteira envolvendo essa prática ilícita, quando compram um vinho muito mais barato do que vale, além de contribuir para esta criminalidade, não sabe-se as condições de transporte… se o vinho foi exposto ao sol, armazenado próximo a agrotóxicos ou até mesmo adulterados, podendo ser extremamente prejudicial à saúde ou no mínimo comprometendo a qualidade do vinho.

Se o preço for muito baixo, desconfie! Não compre! Recuse!